The Meetings Show: um espaço de experimentação

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Stand de Portugal no The Meetings Show

Com um programa de conteúdos diversificado e de alguma forma disruptivo, o The Meetings Show marca a diferença em termos de feiras da meetings industry.

Portugal voltou a estar representado no The Meetings Show, feira do setor da meetings industry, que se realizou em junho, em Londres. O stand do Turismo de Portugal contou com: Visit Algarve, Boeira Garden Hotel Porto Gaia, Buzz DMC, Curio Collection by Hilton, Cascais Miragem Hotel, Europalco, Grande Hotel de Luso, HF Hotels, Hoti Hotéis Lisbon Venues - CCL & FIL, Mama Shelter Lisboa, Meo Arena, MTS Globe, Sana Hotels Portugal, Sheraton Porto Hotel & Spa e Vidago Palace Hotel. Na feira também podiam ser encontrados o Onyria Quinta da Marinha, Dolce Campo Real Lisboa & Ramada Lisboa e Dom Pedro Lisboa. A Event Point foi, mais uma vez, media partner da feira.

Foram dois dias intensos, que contaram com a presença de cerca de seis mil delegados. Cerca de 58% dos buyers visitantes e 42% dos hosted buyers estavam pela primeira vez no evento. Ao todo foram realizadas mais de 16 mil reuniões, nove mil das quais previamente agendadas. No espaço expositivo foi possível retirar muita inspiração, ideias, novos serviços para futuros eventos.

Os profissionais de eventos puderam escolher entre 60 sessões educativas, que se realizaram em três espaços diferentes e com formatos diversificados. Tópicos como a sustentabilidade, o desenvolvimento do setor, a inteligência artificial, a gamificação e o marketing de eventos estiveram no centro do programa.

Jack Marczewski, diretor do The Meetings Show, sublinhou “o ambiente durante os dois dias foi eletrizante e sentimos a agitação em todo o recinto da feira à medida que se estabeleciam contactos e colaborações”.

Remarketing é a chave

Conteúdos práticos são algo que os profissionais de eventos anseiam e foi o que George Hawwa, da Attention Experts, procurou entregar. Uma vez que a feira decorria no Reino Unido, e uma grande parte dos participantes eram deste país, o orador começou por detalhar quais eram as redes sociais mais usadas no UK: Facebook, Youtube, Whatsapp, Instagram, Tiktok e Linkedin. Para B2C, as redes que têm mais retorno são o Linkedin, Facebook e Instagram, e para B2B os melhores resultados são das plataformas Meta, e é por isso que, em qualquer estratégia digital de promoção de um evento, “a Meta tem de estar no centro da estratégia”.

George Hawwa explicou que, ao contrário de atuais percepções, o Tiktok não oferece retorno, uma vez que é consumido por jovens até aos 23 anos, sem rendimento disponível. É por isso que o Facebook ainda é a opção mais confiável para promover um evento.

O orador avisa, “as formas de engagement mudaram, já não são só gostos ou comentários”, mas passam por ver um vídeo, clicar nos links, visitar o perfil, pausar num post ao percorrer o feed”. Para aumentar o engagement, George Hawwa aconselha a fazer remarketing. Remarketing é a chave do sucesso. As campanhas pagas devem ser diárias, não é possível viver do orgânico.

Usar bem o humor

A comediante Beth Sherman entregou uma das sessões mais divertidas do evento: colocar humor nos negócios. A oradora lembrou que para criar confiança é preciso criar emoção, e o humor é uma ferramenta poderosa para atingir esse objetivo. “As pessoas que usam o humor são vistas como mais competentes e confiáveis”, sublinha a vencedora de 7 Emmys.

Mas há alguns cuidados a ter ao usar o humor: o primeiro é não tentar demasiado ter graça, “não é preciso preparar umas piadas, a verdade tem muita graça”. Observar e reportar a verdade é a chave.

O segundo risco: há assuntos muito aborrecidos e um antídoto para isto é tornar o assunto pessoal e relacionável. E depois um grande risco é “ignorar o elefante na sala”. Se alguma coisa não está bem e se não for falada, torna-se uma distração. Nestes casos, não há que ter medo de usar o humor.

Beth Sherman lembra “o humor é o tempero, não é o principal ingrediente” e ajuda a acrescentar equilíbrio.